segunda-feira, 20 de junho de 2011

"Um diálogo diferente"

Você: Se o Senhor me conhecesse realmente, não teria morrido por mim, talvez...
Jesus: Se você me conhecesse de verdade, não estaria preocupado com isso, apenas confiaria em mim.
Você: ...
Jesus: Ouvir falar de mim não me conhecer, é apenas ouvir falar. Conhecer é uma questão de relacionamento e para se ter um relacionamento, requer intimidade. Intimidade comigo. Eu sempre estou disposto e aberto para relacionamentos.
Você: É muito confuso. Eu sempre procuro por você, e não consigo lhe achar. Quando eu mais preciso Te ouvir, Você se cala... Como é que Você quer que eu tenha um relacionamento com Você? Eu não Te escuto, "não Te vejo"... Não era para Você ter morrido por mim. Pra mim, foi... em vão seu sacrifício. As pessoas nem ligam pra Você, eu ainda Te procuro, elas não.
Jesus: O fato de você me procurar, mostra que o meu sacrifíco não foi em vão. Sim, você não é a primeira pessoa a me dizer isso. Mas, quando é que você me procura? Aos domingos quando vais à igreja? Por que você só me procura lá? E quando é que eu não estou presente? Só o fato de você me procurar, já quer dizer que eu estou presente... Pois é o meu Espírito Santo que te faz chegar a mim. Na verdade, eu sempre procuro por você, sempre te chamo, mas você não ouve. Você fica preocupado com as pessoas que não ligam pra mim, e se esquece de você... que não me dar a mínima atenção. E... que espectativa você criou de mim? Disseste que eu era "muito confuso", que era confuso me conhecer. Vcoê não pode criar uma expectativa de algo que você não conhece. Como eu falei: você só ouviu falar de mim e isso não é me conhecer.
Você: Eu nem sei mais o que Te dizer. Desculpa por essas lágirmas...
Jesus: Tudo bem. Eu ainda estou disposto a um relacionamento, filho. Ah, você disse que me procurava e eu não estava tão presente. Na verdade, eu sempre estou presente. Não de uma forma que você ache que eu esteja, mas de uma forma que eu quero estar. Eu sou um Deus que surpreende. Assim como eu fiz com Elias, acabando com toda sua espectativa, chegando em uma brisa mansa e suave; assim também é com você. Mas, por favor, não diga que eu não estou presente. Eu morri por você, só para estar presente em sua vida e não me arrependo disso. É... eu acho que não preciso dizer que eu te amo, mas mesmo assim eu digo: eu amo você. E estou de braços abertos te esperando, tá? Sim, e não esqueça, a igreja não é o único lugar que eu estou. Eu estou onde você me permitir entrar.
Você: ...

        Definitivamente, eu não sei onde estava "com a cabeça" para ter escrito este texto.

                                                                          

domingo, 19 de junho de 2011

Poema de necessidade

É preciso casar João,
é preciso suportar Antônio,
é preciso substituir nós todos.
(...)

É preciso salvar o país,
é preciso crer em Deus,
é preciso pagar as dívidas,
é preciso comprar um rádio novo
(...)

É preciso viver com os homens,
é preciso não assassiná-los,
é preciso ter mãos pálidas,
e anunciar o fim do mundo.

                                              Carlos Drummond de Andrade

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Adolescência

Escolhas, escola, rotina, comer besteiras, fazer dieta, notas baixas, notas altas, alegrias, tristezas, risos, lágrimas, razão, emoção... Crises. Sim, a adolescência é um equilíbrio desequilibrado total. Escolher uma profissão, fazer trabalhos, apresentar seminários, BIOGINCANA (para quem estuda no Americano Batista)... E escolhas, escolhas e escolhas. Tudo isso incluso nessa faze, mas precisamente nos três últimos anos, que é o ensino médio.
A adolescência é uma faze de “loucura sábia” em que você faz tudo, aproveita tudo de uma forma consciente e racional. Onde você não precisa se drogar ou fazer qualquer outro tipo de besteira para dizer que está aproveitando a vida. E também não precisa passar a noite toda estudando para “ser alguém” nessa vida. Basta ser sábio e equilibrado. É uma faze complicada e ao mesmo tempo simples, onde muitas vezes requer sabedoria para determinadas coisas.
É como se fossemos um pássaro livre que pode voar para qualquer lugar sozinho ou com outros pássaros, porém ter a consciência de que um pássaro livre e só não faz nada se não tiver uma família por perto. Ou seja, temos liberdade suficiente para ao invés de irmos, ficarmos, pois temos a plena consciência de que no nosso ninho há outros pássaros (pais, irmãos...) que nos ama e que fazem de tudo para sermos felizes.
É na adolescência onde a razão e a emoção se chocam. Tudo fica muito confuso e ao mesmo tempo claro. Onde às vezes a emoção fala mais alto, enquanto a razão está gritando ao nosso ouvido. Onde queremos tudo e ao mesmo tempo não queremos nada... E entramos em crise. É uma faze linda, em que nunca mais iremos voltar a tê-la outra vez. Onde vemos a vida passar brincando, estudando, chorando, indo ao cinema... Curtindo. E como bons pássaros, tenhamos sempre o cuidado para com os do nosso ninho, pois um pássaro que “é pássaro” nunca vai sair voando por aí, só pelo fato dele ter asas. Mas com certeza ficará em seu ninho, até o momento certo de poder voar.